Quando o Isaías me procurou, não tínhamos nenhum caminho traçado para iniciar as criações. Então fiz aquilo que sempre me ajudou a criar com mais propriedade: ouvir insistentemente a canção. Como a canção falava muito sobre flores, comecei a imaginar alguém mandando flores dentro de uma carta, já que a música me trazia essa sensação de ser uma carta escrita para alguém. Como vinha de várias criações neste segmento de capas de singles e álbuns, queria me arriscar em algum estilo que eu nunca tinha feito.
Pensei em usar uma técnica de colagem, meio scrapbook, porém, ao invés de intervenções em uma fotografia, queria que tivesse um aspecto de relicário. Fui até uma floricultura, comprei algumas flores bem pequenas, para que elas coubessem dentro de um envelope, recortei algumas imagens com um aspecto mais vintage, meio brega, pois fazia relação para mim, com alguém que ainda manda carta e flores.
Fotografei a base da imagem e digitalmente fiz algumas intervenções, que só não estavam dentro da fotografia, pois não havia tempo para receber estes materiais. Gostei do resultado, foi aprovado imediatamente pelo Isaías e tenho orgulho do que criei e agradeço demais a confiança irrestrita dele no que eu iria fazer.