A prática do Parapente no Brasil não é exatamente regulamentada. O esporte era supervisionado por órgãos como a Associação Brasileira de Parapente (ABP) e a Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL), que estabeleciam as normas de segurança, treinamento e certificação dos pilotos. Recentemente, a ABP se fundiu com a CBVL, criando uma única associação. Além da CBVL, a prática do parapente está sujeita às regulamentações gerais da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que regula o espaço aéreo no país.
Em linhas práticas, diferentemente de um automóvel, onde a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, determina uma certificação para que você possa usar um veículo no trânsito, legalmente ninguém pode impedir uma pessoa sem carteirinha da ANAC ou CBVL a decolar de um morro. Posto isso, o trabalho que desempenhei na ABP foi a criação de uma cultura da prática desportiva realizada de forma segura. Esta já era a base de ação da ABP quando cheguei, porém minha função foi usar a comunicação para difundir esta prática.
O evento “Voando em Equipe” era uma destas ações, que visava promover uma prática mais segura. Pilotos de diferentes categorias, diferentes equipamentos, idades e experiência em voo, teriam que trabalhar em equipe para vencer as provas. Sendo assim, manter a segurança de todos os participantes era de fundamental importância. A tentativa era de transformar uma prática esportiva que é basicamente individual, em uma experiência coletiva. Visto que o voo duplo tem como função, a instrução e não a recreação.
E como eu fazia isso através da comunicação? Simples, dando a um evento como este, o aspecto visual e estrutural de um campeonato internacional.
Ficha Técnica
Direção de Arte: Jeff Skas
Ilustração: Carol Porto